sexta-feira, 4 de março de 2011

Infância




Olho-a nos olhos.
Ela pisca quando a movimento.
E me passa na cabeça
Uma fase inteira
Em apenas um momento

Várias vezes conversei com ela
E a mesma sempre me respondia
Mas, sua resposta,
Era minha boca que dizia

Acompanhou meu crescimento.
Me fez companhia;
Tornou feliz
Até mesmo o meu mais triste dia

- Contigo brinquei.
Ficou doente, sendo médica
Eu lhe curei.

Ah que saudade!
Por que não é mais a mesma
Desde que cresceu a minha idade?

Falo contigo, já não respondo por você
Te olho, sinto falta daqueles momentos
Mas só me resta saudade, lembranças
E lamentos.

As adultas não criam uma vida
Porque a vida passa a as criar.
A maioria tem a alma ferida
E bonecas já não podem as tranqüilizar.

Fale comigo, boneca.
Você, que já se chamou
Alexandra, Júlia, Maria, Fernanda
Roberta. -
...
O tempo a envelheceu também
Tem aparência de boneca que brincou muito.
Foi minha neném.

Observo-a.
É nela que estão meus tempos de pequena.
Cada recordação, uma linda lembrança.
Lembrança de como era bom, inocente
E puríssimo
Ser criança.

Agora falo sozinha, triste, mas nem ligo.
Foi minha primeira boneca!
E ela sempre será querida
Já que fez parte da minha infância,
Que é a rosa da vida.

Um comentário:

  1. Sério? :o
    Que pena, estive até pensando em participar...

    Ah, que lindo o poema. Bela concorrente para mim... rsrsrs. Bom, boa sorte para nós duas!

    Obrigada pelo comentário, Letis.

    Beijos e bom carnaval ;*

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