quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Agora.


Apanhava flores de suas cores preferidas na praça, enquanto casais se enamoravam nos bancos ali perto. O vento soprava sem sentido, movimentando seu cabelo e levando e trazendo o perfume das flores.
Algumas florzinhas caiam no chão da praça. E o vento continuava soprando enquanto ela formava um buquê com as flores já apanhadas.
Numa fração de segundos, percebeu que o vento trazia um perfume. Mas não era o perfume das flores. Olhou para o lado, reconheceu-o, deixou cair o buquê.
Seu namorado havia voltado. Ele foi à praça porque sabia que a encontraria lá.
Ele foi se aproximando. Quando ele estava bem perto, ela deu um passo à frente do buquê. Ele a amava, ela tinha certeza disso agora. Não a procuraria ali se não a amasse.
O vento, os perfumes e as flores. Eram só pequenos detalhes. Parecia que havia sido ensaiado: Ele voltou para dizer ‘eu te amo’, o vento soprava levando e trazendo o perfume das flores. Já não trazia o perfume dele. Agora ela podia senti-lo de perto. Agora eles se abraçavam e o vento movimentava o cabelo de ambos.
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Letícia R.

4 comentários:

  1. Gostei, foi um texto simples, mas abordou mto bem o tema, utilizou bastante a imagem no texto. E acho que foi o único texto (até agora) que não falou de casamento :D

    Boa sorte õ/

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    moderadora Bloínquês

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