terça-feira, 16 de março de 2010

Eu descobri o amor e a paixão na minha vida.


Você nunca acredita no amor. – Ou pelo menos finge não acreditar – Mas chega uma hora que você se encontra apaixonada.
Eu já estava cheia de amores frustrados. Andava por aí pelas ruas, via sempre alguns casais juntos, felizes, se amando. Não sei, todos pareciam se corresponder fácil e perfeitamente enquanto o amor parecia fugir de mim. Desde então, eu resolvi parar de querer me apaixonar. Amor não era pra mim. Talvez fosse porque eu só me apaixonava pelos mais impossíveis.

Tudo bem, eu estava quase completamente acostumada à ideia de não procurar me apaixonar. Até que...
Chegou o dia primeiro de junho. Era noite já quando eu estava sentada na beira da calçada de casa conversando com a minha amiga. Isso era costume, sempre conversávamos ali na calçada até que a noite chegasse. Aconteceu que naquele dia, o Felipe chegou junto com a noite.
Sentou ao meu lado na beira da calçada, e minha amiga se levantou. Eu senti um desespero porque ficaria sem jeito sozinha ali na frente dele.
Mas logo pude sentir a química dos meus neurotransmissores durante os minutos que ficamos juntos. Ainda mais depois que dei meu primeiro beijo.
Não foi pelo primeiro beijo. Mas o que aquele garoto me dizia e o jeito que ele me olhava e me abraçava, ah. Seria a magia do inverno? Na verdade, eu só sei que me encontrava inexplicavelmente e incondicionalmente apaixonada.

Chegou o dia seis do mesmo mês. Ele me pediu em namoro e disse depois que eu aceitei:
- É estranho. Eu nunca quis namorar alguém antes.
- Então não é estranho, é perfeito. – Eu sorri olhando-o nos olhos.
Ele me deu um selinho demorado e me abraçou apertado. Aí eu comecei a lembrar que tudo acaba um dia. Pior, foi quando lembrei que o amor fugia de mim. Que coisa mais boba de pensar, aff. Não era o momento propício.
Então eu deitei minha cabeça no ombro dele. Pensei comigo “Será que você vai sentir minha falta quando eu partir? Daqui a pouco você vai ter que voltar para sua casa e eu já estou sentindo sua falta.”
Foi a última bobagem que eu pensei naquela noite. Sinceramente, eu pensava em quando nosso namoro acabasse, porque eu tinha certeza que não conseguia mais chegar tão longe se ele não estivesse comigo. Parei logo com toda aquela paranóia na minha cabeça.
O fim não importava. Não naquele momento, afinal, ele estava comigo ainda e tudo tinha acabado de começar. Abracei-o mais forte.

E agora, depois de por esse pedacinho da minha vida em palavras, sabe o que eu aprendi?
Bom, eu aprendi que não podemos querer parar de nos apaixonar. Até porque não temos como fazer isso. É que eu percebi, que paixões, elas simplesmente acontecem.
Quanto ao amor, ele não foge de ninguém. Ele apenas dorme. E é assim que tem que ser, pois quando ele acorda, a cada vez que abre os olhos, se levanta ainda mais belo.
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Letícia R.

6 comentários:

  1. O primeiro parágrafo me descreve. É uma pena que ainda não passei dele ainda :/

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  2. Adorei sua dedução sobre o amor, bem elaborado, realmente, surge do nada e transforma nossa vida :)

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  3. ah o amor *-* assunto complicado esse, mas confesso que é meu assunto preferido! Rs
    gostei muiro do seu post e do seu blog também é claro ! to te seguindo !
    bjs

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  4. Ótimo post! Muito bom mesmo, fiquei até sem palavras... rs
    A verdade é que ele tem muito a ver comigo. Depois de tantas desilusões, eu passei a querer resistir ao amor e, por mais que às vezes parece funcionar, no fim eu acabo sempre entendendo que não há como fugir dele.
    Me identifiquei muito com essas palavras, e confesso que elas me fizeram refletir bastante. Espero que as coisas mudem pra mim tbm, pois, assim como já foi com vc, eu tenho medo desse sentimento.


    Beijão'

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  5. NOSSAAAAAAAAAAAA, seu texto me encantou. Tanto a história como esse final, puts... perfeitos.
    Li alguns posts anteriores e amei todos. Parabéns!

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