- Meu nome é Kathlyn.
- Não quero saber seu nome.
-Não suporto que me chamem por algo que não é meu nome. Ainda mais se envolver meu estilo visual.
- E eu não suporto novatas aqui na prisão. Ainda mais quando querem ser duronas. Ande logo, projeto rebelde de morte. – Foi o que a mulher que trabalhava na delegacia me disse, me puxando pelo braço esquerdo, para me fazer andar até a cela onde eu ficaria presa.
Bem, isso foi há um ano. Aconteceu no dia 24 de abril, no dia do meu aniversário. Era sábado, eu estava fazendo meus desejados dezoito anos. Dona da minha própria vida, naquele dia eu pude escolher o que iria querer fazer. Longe de festinhas para família em casa, fui comemorar meu aniversário com meus amigos, num lugar que eu nunca tinha ido. Mas era um ambiente onde eu me adaptaria assim que entrasse. Não só porque eu estava longe dos meus pais, mas porque lá havia barulho. E o que eu mais amava. Fui numa festa de rock and roll.
Entrei na festa, as caixas de som pareciam que iam sair do lugar. Muita gente bonita. Alguns balançavam a cabeça, curtindo as batidas da música. Em alguns cantos, alguns se drogavam. Em outros, alguns se pegavam até sumirem de vista, porque queriam sexo.
Nada chamava minha atenção. Eu gostava daquilo tudo. Mas eu não estava ali porque queria sexo. É que aquele lugar me drogava. Rock and roll sempre foi minha droga preferida.
Não sei por que fui presa. Acho que bebi demais para me recordar disso. Só me lembro que de alguma forma fui parar na delegacia e só sei que passei uma noite lá, porque no dia seguinte quando acordei, com um policial me chamando, eu estava lúcida. Saí de lá sem questionar, peguei um táxi e voltei para casa. Não questionei nada porque estar livre já estava ótimo.
Estou sentada em minha cama, olhando para minha guitarra no canto da parede, agora. Toda vez que olho pra ela, me lembro de quando minha mãe disse que a quebraria em pedacinhos. Ela nunca gostara de rock, muito menos depois do resultado que tive após aquela festa.
Mas eu a fiz entender que cada um gosta do que o faz se sentir bem e confortável.
Meu nome é Kathlyn! Eu gosto de rock and roll! Alguns se confortam fazendo sexo o tempo todo,uns se confortam sendo usuários de drogas. Outros, porém, se confortam com sexo, drogas e rock and roll. Eu me conforto com rock and roll, em primeiro e único lugar. Por que? Bem, ele me proporciona o restante.
Nas festas eu acho um cara para sair. Tecnicamente, a saída termina em sexo.
Drogas? Para que eu usaria drogas alucinógenas? Eu ouço rock! O rock me proporciona tudo o que eu preciso: Bem estar, autoconfiança, atitude e o melhor de tudo, me traz uma sensação imensa de liberdade.
Encontrei nas batidas e nos gritos, a segurança, a felicidade e a superação de problemas. Havia uma porta fechada. Tentei várias chaves. Achei logo a melhor chave de todas, a que abriu a porta, para que eu me libertasse.
Rock and roll, minha maior alucinação, minha melhor realidade. Para sempre minha droga preferida.
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Letícia R.
#Pauta para o Blogueando
Coitada da menina, presa por nada, rs!
ResponderExcluirParabéns pela criatividade, beeeijos :D
Eu queria saber pq foi presa xD Mas adorei o texto :)
ResponderExcluirMuito legal e bem criativo e isso é bom!beijos,chica
ResponderExcluiriueiueiueiueuiee. Não achei criativo. Eu estava sem criatividade e odiei a parte em que não consegui dizer porque a garota foi presa. Então eu tentei me safar dessa dizendo que ela estava bêbada. :X
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